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Análise ergonômica preliminar: o ‘raio-X’ que previne problemas futuros

trabalhador com dores sendo orientado por ergonomista

A Análise Ergonômica Preliminar (AEP) é uma ferramenta essencial para a identificação precoce de riscos ergonômicos no ambiente de trabalho. Este artigo explora sua importância preventiva e diagnóstica, alinhada às exigências da NR-01 e NR-17, trazendo exemplos práticos para sua aplicação efetiva.

A Análise Ergonômica Preliminar (AEP) é um instrumento fundamental para a prevenção de problemas relacionados à ergonomia no ambiente corporativo. Por meio dela, é possível identificar e avaliar riscos ergonômicos antes que estes se manifestem em distúrbios ou acidentes, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e seguro. Alinhada às diretrizes da NR-01, que estabelece as disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho, e complementada pela NR-17, que trata especificamente da ergonomia, a AEP atua como um verdadeiro “raio-x” antecipado, facilitando a tomada de decisões preventivas.

O que é a Análise Ergonômica Preliminar?

A AEP é um método sistemático que visa identificar os agentes de risco ergonômico no início do planejamento de atividades ou implantação de processos e equipamentos. Conforme a NR-01, que trata da gestão de riscos, a implementação de ferramentas como a AEP está inserida na atualização e manutenção do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Já a NR-17 reforça a importância da avaliação ergonômica para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores.

Identificação dos riscos ergônomicos

Ao realizar uma AEP, os profissionais devem identificar fatores como:

  • Posturas inadequadas e esforços repetitivos
  • Levantamento e transporte manual de cargas
  • Condições ambientais inadequadas (iluminação, ruído, temperatura)
  • Riscos psicossociais, que impactam diretamente a saúde mental no trabalho

Um exemplo prático em empresas do setor industrial é identificar a postura dos operadores de máquinas antes da compra ou instalação do equipamento, ajustando altura e acesso para evitar sobrecarga muscular.

Avaliação dos riscos

Depois de identificados, os riscos são avaliados quanto à sua intensidade e frequência, alinhando a análise às etapas recomendadas nos anexos da NR-17. Também é fundamental relacionar esses riscos ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), previstos na NR-01, que garantem que os controles estejam documentados e auditáveis.

Controle e mitigação

Com base na avaliação, são propostas medidas de controle, que podem incluir:

  • Adequação dos postos de trabalho
  • Treinamento ergonômico para colaboradores
  • Modificação de processos para reduzir esforços repetitivos
  • Implementação de pausas e rodízios

Em uma empresa de call center, por exemplo, pode-se realizar a AEP para ajustar a estação de trabalho dos atendentes, melhorando equipamentos de apoio e estabelecendo pausas para prevenir fadiga e promover a saúde mental no trabalho.

Devo realizar uma análise ergonômica preliminar na minha empresa?

A Análise Ergonômica Preliminar é indispensável para a prevenção de agravos relacionados à ergonomia no trabalho, evitando afastamentos e promovendo a qualidade de vida dos trabalhadores. Sua conexão direta com a NR-01 e a NR-17 reforça que ações antecipadas e planejadas são as melhores estratégias para o sucesso do Programa de Gerenciamento de Riscos e do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Empresas que aplicam a AEP de forma sistemática garantem ambientes mais seguros e menos propensos a riscos psicossociais, fortalecendo a saúde física e mental dos seus colaboradores.